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Prazer e sofrimento na periferia da acumulação flexível: o caso Previ "Ma-ravilhosa".
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Prazer e sofrimento na periferia da acumulação flexível: o caso Previ "Ma-ravilhosa".

2.017 São Paulo, Anais Eletrônicos...,   FERREIRA, Jaqueline;  SANTOS, Tânia Coelho dos;  SANT'ANNA, Anderson de Souza. Trabalho de evento Ferreira, Jaqueline FERREIRA, Jaqueline;  SANTOS, Tânia Coelho dos;  SANT'ANNA, Anderson de Souza. O contemporâneo é marcado por tempos de “acumulação flexível”, sintomatizados no
movimento do capital, sob o comando do mercado financeiro mundializado. Tempos,
portanto, distintos da força de trabalho na forma de mercadoria disponível para compra e
venda, tal qual formulado por Marx. Nesses tempos, segundo ampla gama de autores
revisados para fins deste artigo, restaria ao trabalhador duas alternativas: caso incluído no
circuito, reduzir-se a “especulador”; ou, se excluído, a mero “expectador”. Nesse cenário,
uma “nova” estética do capitalismo é forjada, mobilizando originais e antigos dilemas,
contradições, paradoxos e diásporas. Como efeitos, instituições, empresas e indivíduos
passam a articular e experimentar modalidades outras de laço social. É nesse contexto que se
insere a proposta deste artigo, o qual tem como propósito apresentar resultados de pesquisa
junto a profissionais e dirigentes de um dos símbolos do capitalismo financista nacional - a
Previ -, com o objetivo de investigar especificidades das relações e do ambiente de trabalho,
que apontam para efeitos da introdução de elementos associados à nova estética do
capitalismo, sobre os mal-estares dos sujeitos que nela ainda vivem do trabalho. Como
resultado é possível identificar a prevalência de dinâmica organizacional e relações de
trabalho fortemente marcadas por pares-antitéticos que expressam tensões e fortes
componentes ideológicos subjacentes à transição de dispositivos de gestão “arcaicos” e o
“modernos” no epicentro de nosso capitalismo financista periférico: “Cedidos versus
devolvidos”, indicados versus eleitos”, “bacanas versus sacanas”; “curto-prazo versus
longo-prazo”, “estabilidade versus dependência”, “favorecimento versus punição”, “público
versus privado”, “veteranos versus novatos”, “passado versus futuro”.
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