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Ambidestria organizacional e o papel central da alta gestão: estudo de caso da Ânima Educação.
2.020
2020.
118 f.
ANDRADE, André Tavares; BURCHARTH, Ana Luiza Lara de Araújo; TADEU, Hugo Ferreira Braga.
Dissertações FDC
Andrade, André Tavares
ANDRADE, André Tavares; BURCHARTH, Ana Luiza Lara de Araújo; TADEU, Hugo Ferreira Braga.
A presente pesquisa busca compreender, a partir de um estudo de caso único de uma companhia atuante no setor privado de educação superior brasileiro, o papel desempenhado pela alta gestão na criação de um contexto propício à emergência da ambidestria organizacional. Esta é entendida como uma capacidade (dinâmica) que permite às organizações equilibrar, adequada e simultaneamente, iniciativas e projetos de excelência operacional, lucratividade, inovação incremental e impactos de curto prazo (exploitation) com outros voltados para novos negócios, crescimento, inovação disruptiva e impactos de longo prazo (exploration). Assumindo uma tradição na literatura que reconhece o papel central da alta gestão para a ambidestria, escolheu-se como estudo de caso uma companhia que apresentava, simultaneamente, elementos indicativos de ambidestria em seus resultados, bem como a intenção manifesta de se constituir como uma organização ambidestra. Tal intenção foi evidenciada a partir de uma reorganização em sua alta gestão – aqui definida como o conjunto das principais estruturas de governança corporativa: conselho de administração e diretoria executiva. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com membros da alta gestão, as quais foram trianguladas com documentos e relatórios internos e externos acerca da empresa, submetendo-os à técnica de análise de conteúdo. A análise dos dados foi dividida em quatro categorias principais: gestão do paradoxo exploitation-exploration; organização das estruturas de alta gestão e governança; elementos de ambidestria contextual; e possíveis resultados de ambidestria organizacional obtidos nos últimos dois anos, após o movimento de reorganização da alta gestão. Os resultados sugerem que a companhia em estudo ainda não pode ser considerada como ambidestra, dado o maior foco apresentado em exploitation do que em exploration nos últimos dois anos. Entretanto, verificaram-se vários elementos na atuação da alta gestão no sentido de criação de um contexto propício à ambidestria organizacional. Como exemplos, podem ser citados mudanças na estratégia que melhor balanceassem as iniciativas de exploitation e exploration, assim como elementos de cultura, comunicação e estruturas auxiliares, a exemplo dos comitês de gestão, que passaram a reforçar o contexto de incentivo aos gestores para exercitarem abordagens ambidestras
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